Fórum da Aprendizagem Criativa

Scratch como ferramenta para projetos interdisciplinares

Olá pessoal, vamos falar sobre projetos que podem ser desenvolvidos utilizando o Scratch, com foco no curriculo. Acho que essa é uma boa maneira de se inserir Aprendizagem Criativa na escola.

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Então @Rui, como a gente conversou na reunião do GT, acho que tão importante quanto ensinar a ferramenta do Scratch é ensinar a mentalidade criativa.

Acho que desde o começo do ensino de programação com o Scratch deve ser incentivado ao aluno fazer seus projetos pessoais. Uns vão ter interesses fazer jogos outros animações enfim, o conceito é ilimitado. Mas é perigoso amarrar o ensino numa pegada instrucional e deixar de aproveitar essa oportunidade que o Scratch fornece de trabalhar de maneira mais iterativa e criativa.

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Mas algo que eu também percebi em sala de aula é que não dá para deixar o conteúdo muito aberto senão os alunos nem sabem por onde começar. Eu costumo sempre começar com um projeto simples para eles verem o que alguns blocos são capazes de fazer e depois vou deixando por conta deles.

Confesso que não sei se é a melhor metodologia mas é o que tem dado mais certo

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Oi @Luan_Freitas e @Rui, acho que quando pensamos em um currículo baseado em competências e habilidades as atividades e/ou projetos já tendem a ser interdisciplinares. Até porque eu acredito que as habilidades não são específicas de uma área do conhecimento. Mas sim que existem conteúdos de determinadas áreas do conhecimento mais potentes para desenvolvermos determinadas habilidades.
E tenho receio de pensar em atividades muito abertas porque é preciso ter objetivos definidos para pensarmos em avaliar.
Estou começando a esboçar algumas atividades aqui na escola e posso ter respostas mais concretas mais para frente. Mas é mais ou menos isso que estou levando em consideração para planejar as atividades aqui.
Abraços

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@Murilo, é bom ter notícias suas! Por favor, quando puder, entre no mapa da Aprendizagem Criativa e divulgue para turma daí. Gostaríamos de articular algo por essas bandas. Um abraço,

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Olá pessoal,

concordo que os projetos sobre a importância de projetos livres, que atendam aos interesses dos alunos. Acho que isso é um ponto em comum acordo. Porém, pensando em algo curricular, acredito que, como mencionado pelo @Murilo_Borduqui, precisamos ter alguns direcionamentos - e issonão quer dizer que daremos um passo a passo do que o aluno precisa fazer, tão pouco tirar a liberdade. A questão é, temos um alguns objetivos a serem contemplados dentro do currículo, certo? Então dentro disso a pergunta é, como proporcionar atividades que permitam a construção do conhecimento de forma prática, com os alunos protagonistas e que o scratchseja apenas uma ferramenta, não é isso?
Tenho desenvolvido atividade com os alunos dentro de projetos integrados em Ciências, Matemática e Inglês. E como incio das propostas, temos alguns temas a serem explorados e, apartir daí, os alunos desenvolvem jogos, animações e apresentações, sobre os temas que desepertam mais interesse. ao final, cada grupo apresenta o que criou, falando sobre comofoi o processo de peesquisa dos conhecimentos científicos envolvidos.

Estou enviando alguns links de projetos desenvolvidos pelos alunos no ano passado, em um projeto interdisciplinar entre Matemática, Ciências e Lingua Inglesa - importante: a avaliação aconteceu processualmente e todas as disicplinas envolvidas tinham seus indicadores de avaliação (e indicadores comuns)

abs

Rui

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Olá Luan em minha pesquisa observei 3 professores usando o Scratch. Um deles, para introduzir o software para alunos do 4ºano que nunca tinham usando, solicitou inicialmente que resolvessem os desafios indicados no scratch.com e, posteriormente, a escola possuía um tema guarda chuva e cada aluno desenvolvia um projeto sobre o mesmo. Achei interessante para iniciar.

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Oi,Walkiria! @vvenancio
Quais são escolas? São em Sāo Paulo?

Pessoal, muito boa essa discussão!

Só para complementar, normalmente, quando se trabalha com projetos na escola, os objetivos pedagógicos (e a avaliação) podem se dirigir tanto a tópicos curriculares, quanto a tópicos de “design”. Esses últimos incluem, dentre outras coisas, elementos de comunicação, criatividade, colaboração, senso crítico, e engajamento.

É importante deixar estes tipos de objetivos bem claros e explícitos em qualquer proposta. Também é importante mostrar como eles serão monitorados e avaliados. Enquanto os tópicos curriculares podem acompanhados através de provas e outros mecanismos tradicionais, os tópicos de “design” envolvem rubricas, portfolios e outros instrumentos.

O que vocês acham?

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Após a reunião do GT, Luan e eu iniciamos uam discussão sobre como introduzir Scratch, essa questão de deixar mais ou menos aberto, etc, como Luan descreve. Mas acredio que temos muito ainda a compartilhar.
Com Scratch, podemos ampliar em muito, as habilidades e competências dos alunos - também professores - que vão além dos objetivos do currículo atual de escolas ou para aprender computação.
Como diz o Prof Mitchel Resnick, não é “aprender a programar, mas programar para aprender”. E aprender, não só os conteúdos dos atuais currículos, mas habilidades importantes do cidadão do século XXI. Além da criatividade, habilidades como compartilhar e aprender com os colegas, por exemplo. Scratch além de se aberto e gratuito a todos, tem possibilidade de inúmeras línguas e o único cuja plataforma permite a troca de ideias e experiências com outros usuários. Pode-se “ver dentro” o programa e copiar usando copia e cola e "backpack"A exploracao desse recurso também permite desenvolver o senso crítico e a colaboração.
Scratch permitem que sejam exploradas habilidades e avaliadas competências como o Leo salientou: "dentre outras coisas, elementos de comunicação, criatividade, colaboração, senso crítico, e engajamento.[quote=“leoburd, post:9, topic:285”]

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É, aqueles desafios do Scratch são um bom começo mesmo para que os alunos tenham noção de como funciona a estrutura de programação e tudo mais. Uma coisa que eu costumo fazer nas minhas aulas é trabalhar baseados nos desafios do scratch.com mas depois instigando eles a fazerem modificações.

Por exemplo, um dos primeiros desafios é fazer o gatinho se mexer de um lado para o outro em um cenário de festa no fundo. Daí incentivo eles a colocarem outros personagens, se possivel fazendo outro tipos de movimento e até passando desafios tipo: “Como vc faria para colocar uma música de fundo na festa?”.

Eles já tem um instinto natural de querer deixar as coisas com a cara deles, muitas vezes o nosso trabalho é só não atrapalhar

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@leoburd já procurei um pouco sobre rubricas, portfolios e tudo mais, mas não consegui encontrar que explicasse bom. Onde posso encontrar um material que explique como funcionam essas formas de avaliação de uma forma mais estruturada?

Muito legal os trabalhos @Rui, acho que eles refletem bem o que a gente está falando. Eles não representam exatamente um estado da arte no quesito programação, mas dá para perceber bem que os meninos trabalharam o que foi pedido e conseguiram expressar o conteúdo com a cara deles. Muito interessante.

Rui, o professor Cesar Nunes tem trabalhos bons sobre o tema. @eliane , desculpe te chamar novamente, mas sei que você entende do assunto. Tem alguma referência que indicaria?

Olá à todos! Sou professor de informática educativa na prefeitura de São Paulo e trabalho a dois anos com Scratch com alunos do 6º ao 9º ano.Faço um trabalho parecido com o do Rui, focando em mini-projetos: num primeiro momento deixo o tema livre e a meninada faz o que quiser (animação, game, narrarivas etc); numa segunda etapa, busco professores parceiros para que eu possa linkar algo do scratch e do interesse do aluno com algum contéúdo trabalhado em sala de aula. As vezes, quando não consigo algum professor parceiro, proponho que o próprio aluno escolha alguma disciplina que lhe agrade e construa algum conhecimento sobre o assunto. Numa terceira etapa, proponho que os alunos construam algo no scratch focado no interesse dos alunos do fundamental I. Nem sempre as etapas seguem num ritmo desejado e muitas vezes nem finalizam mas, eu prefiro focar mais no processo do que ficar na expectativa de um produto final pronto e acabado.

Abcs, Paulo Adriano

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Olá pessoal!

Sou a Elaine, trabalho atualmente no Centro Educacional Pioneiro e também desenvolvo projetos em escola pública (projeto FAPESP), anteriormente trabalhava na rede pública do munícipio de SBC.

Bem, sobre o trabalho de Scratch contextualizado ao currículo, trabalho de forma parecida que o Paulo Adriano explicou acima. Também com o primeiro momento de tema livre, iniciando rapidamente com uma programação coletiva para as crianças compreenderem a lógica de programação do Scratch, em seguida, produzem suas próprias animações. Após isso, entra a parceria com os professores das disciplinas, já desenvolvemos projetos interdisciplinares (integrando L.P., Artes, Ciências) ou de áreas específicas: Matemática, Língua Portuguesa, Ciências.

O que verifico de mais valioso é a aprendizagem dos alunos não só em relação à programação, mas principalmente, em relação aos conteúdos, pois sempre precisam aprofundar no tema para desenvolver os jogos.

Na comunidade Scratch do Pioneiro é possível ver alguns projetos integrando as diferentes disciplinas: https://scratch.mit.edu/users/Pioneiro/

Destaco os projetos colaborativos que envolvem diversas turmas: https://scratch.mit.edu/studios/1538940/, https://scratch.mit.edu/studios/534390/, https://scratch.mit.edu/studios/702576/

E os projetos em duplas ou grupos menores: https://scratch.mit.edu/studios/1226246/, https://scratch.mit.edu/studios/1200578/, https://scratch.mit.edu/studios/3493577/, https://scratch.mit.edu/studios/3493680/

Também concordo com o Paulo que o processo é a grande riqueza desse trabalho.

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Oi Guilherme, você sugeriu minha resposta para o Luan e o Rui relacionado à avaliação?

Irei compartilhar um pouco da minha experiência aqui…

Eu trabalho com o uso de rubricas na avaliação. @luan, verifique alguns materiais nessa pasta:
https://drive.google.com/drive/folders/0B7PwBcbr2Y7JeFpoWC1XU3E2QUk?usp=sharing

Acredito que as rubricas auxiliam muito na avaliação dos tópicos curriculares.

Em relação aos tópicos de design que o Leo mencionou, no ano passado desenvolvi um projeto em parceria com a profª Cintia (de matemática) onde aplicamos a avaliação Game Flow para os alunos avaliarem jogos criados por outros alunos para planejarem o design dos seus próprios jogos. Com isso, percebemos um maior empenho dos alunos em relação ao planejamento e busca de soluções para criar jogos diferenciados, por exemplo, um grupo detectou a necessidade de criar jogos para multiusuários e conseguiu colocar isso em prática.

Nesse artigo é possível entender melhor como se desenvolveu o processo:
http://www.br-ie.org/pub/index.php/wie/article/view/6850

Qualquer dúvida pode perguntar Luan.

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veja aí, @Rui . ótimas referências da @elainerocha

Obrigado @elainerocha. =)

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Material sensacional Elaine!! Já vou ver como consigo aplicar na minha sala de aula hehehe

Vou explorar melhor os materiais e qualquer coisa pergunto.

Muito obrigado pela contribuição

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