A linguagem de programação Scratch usada como ferramenta para auxiliar no processo de alfabetização de alunos do 1º ano do Ens. Fundamental.
INSTITUIÇÃO: Escola Municipal Nova Vida – Atende a 800 alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental
LOCALIDADE: Bairro Mauazinho – Manaus, Am. – Brasil.
REALIDADE LOCAL: bairro isolado dos demais, com situação econômica muito baixa, forte influência do tráfico organizado.
A entrada das crianças de 06 anos no 1º ano do Ensino Fundamental mostra-se muito diversa, a depender da sua experiência de vida, do ambiente e das condições socioeconômicas de cada uma delas. Pode-se dizer que algumas largam na frente e outras saem em desvantagem. Muitas delas terminam o ano letivo sem aprender o que é proposto para aquele ano de ensino. No entanto, é assegurada a progressão continuada sem os prejuízos da repetência. Mas, se nada for feito, elas chegam ao final do 3º ano do Ens. Fundamental sem o aprendizado da leitura e da escrita.
Nosso projeto foi pensado para ajudar alunos com dificuldade de aprendizagem e que as abordagens convencionais em sala de aula não vêm tendo êxito. Oferecendo uma maneira diferente de estudar e de aprender, através de jogos, do uso das tecnologias e da interação com alunos monitores. E a principal ferramenta utilizada é o Scratch. Com o Scratch são criados jogos educativos e histórias que, com a ajuda de alunos monitores, os alunos do 1º ano utilizam como atividade complementar do processo de alfabetização.
ATENDIMENTO: 120 alunos de 4 turmas do 1º ano do Ens. Fundamental. Uma vez por semana no telecentro da escola.
JOGOS DIDÁTICOS: são criados pelo professor coordenador do telecentro, seguindo sugestões de professores de sala de aula.
OUTROS JOGOS e HISTÓRIAS: São criados pelos alunos monitores e envolvem percepção, agilidade, coordenação e muita criatividade.
MONITORES: são alunos do 3º ao 5º ano do Ens. Fundamental, que atuam no contra turno em que estudam.
Nossos alunos estão mergulhados em uma realidade em que as expectativas, de grande parte deles, não vão muito além do bairro em que moram. E para muitos, o tráfico é mais atraente, ao ponto de em uma escola do 6º ao 9º ano do bairro, alunos usarem braceletes como se fosse tornozeleira, significando influencia e poder.
Nós temos um desafio a mais, oferecer uma educação mais atraente e significativa para nossos alunos. Sabemos que alfabetizar vai muito além de aprender a ler e a escrever, temos também que pensar em projetos de vida, alimentando sonhos e expectativas como das três alunas do final do vídeo. Mas, o primeiro passo estamos dando que é: empoderá-los do ato de ler e escrever com muita criatividade, protagonismo e inovação.
Estou postando algo pela primeira vez, pois senti a necessidade de compartilhar o que estamos fazendo em nossa escola. Assistam o vídeo de divulgação das ações da 1ª etapa do projeto em: https://www.youtube.com/watch?v=j93Xf9m2psA