Mundo Meu Micromundos Rede de Escolas e Espaços Criativos para a Zona da Mata mineira.
Você já ouviu falar na expressão Espaço Criativo?
Espaço Criativo é o resultado prático de um conceito disseminado pela Fundação Lemann e o Lifelong Kindergarten do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e MIT Media Lab para identificar ações que integram a chamada Rede de Aprendizagem Criativa.
A cidade de Cataguases, situada na Zona da Mata mineira, inicia sua trajetória para se tornar um Núcleo Regional de Aprendizagem Criativa, com o apoio do Instituto Francisca de Souza Peixoto, Secretaria Municipal de Educação de Cataguases e Superintendência Regional de Ensino de Leopoldina, através do projeto Mundo Meu Micromundos, selecionado pela Fundação Lemann e MIT, como um dos oito programas aprovados pelo Desafio Aprendizagem Criativa Brasil 2017.
Sobre o Mundo Meu Micromundos
Vivemos uma era de revoluções tecnológicas e nossos jovens terão que atuar em um futuro próximo no Design, Agroecologia, Transporte, Habitação e Saúde, buscando soluções positivas. Eles precisam ser motivados desde cedo a criar e a buscar soluções que envolvam a resolução dos problemas cotidianos. Precisam dialogar, observar o seu território, projetar, construir, modificar, tentar, errar e errar para acertar e também fabricar objetos variados com suas mãos. Está aí, a importância das narrativas sociais, do pensar coletivo e do contato com as tecnologias digitais e do campo da eletroeletrônica para que crianças e jovens desenvolvam gosto pelas Ciências Humanas e Exatas.
No contexto dos desafios escolares para aumentar o índice de proficiência dos alunos, o projeto quer contribuir, trazendo novas metodologias de ensino e aprendizagem para a comunidade escolar.
Para seguir caminhos promissores na sua vida social, escolar e profissional, nossos jovens devem ser motivados e curiosos.Na prática, significa que quem aprende é estimulado a refletir sobre perspectivas futuras para produzir alternativas que solucionem problemáticas da sociedade contemporâneas. É como preparar o jovem para pensar e agir “fora da caixa”.
O projeto utiliza materiais reciclados, sucatas e dispositivos elétricos e eletrônicos. As oficinas de construções criativas e tecnológicas motivam o participante para as novas possibilidades, além de instigar à curiosidade. Ocorrem nas escolas públicas e em espaços públicos. Conscientiza sobre a importância de proteger o meio ambiente, de buscar soluções inovadoras para o trabalho e geração de renda, praticar o consumo consciente e a respeitar a pluralidade cultural, despertando o sentido de pertencimento e valorização dos adolescentes por seu território. Além de inserir o jovem na concepção do Movimento Maker ou Faça Você Mesmo.
OBJETIVO: Articular e fomentar de forma lúdica as Ciências Exatas e Humanas com as práticas dos fazeres e saberes da comunidade.
OBJETIVOS SECUNDÁRIOS:
Despertar o jovem para observar seu território e pensar em coletividade sobre soluções criativas e inovadoras para o seu cotidiano
Produzir oficinas que reúnam as artes cênicas, o design e a tecnologia
Ser um instrumento de auxílio para o professor desenvolver sua teoria na prática de forma criativa divertida e inovadora
Envolver a sociedade com a Educação local, criando pontes fora dos muros da escola
Motivar e apoiar o empodeamento e o protagonismo jovem
Disseminar o conceito de Aprendizagem Criativa
METODOLOGIA:
O projeto atua nas escolas públicas. Os critérios de seleção das escolas participantes do projeto envolvem distribuição geográfica, contextualização social e capacidade de atendimento dos voluntários do projeto a essas escolas. Além disso considera-se o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) das escolas inseridas nas redes públicas de ensino.
É realizada uma parceria com a rede privada de ensino. As escolas particulares são envolvidas nas campanhas de coleta seletiva de material eletroeletrônico e recebem um oficinão de aprendizagem criativa. Além disso, os jovens dessas escolas são convidados a atuarem de forma voluntária nos projetos das escolas da periferia e em oficinas realizadas em praças e espaços aberto e público.
Para atender os princípios da Aprendizagem Criativa, a iniciativa articula os Eixos das Matrizes Curriculares Nacionais para explorar conceitos fundamentais em disciplinas como Português, Matemática, Biologia, Geografia, História, Física e Informática. Utiliza o teatro como meio de compor narrativas e o Scratch para agrupar os elementos construídos e registrados no projeto.
Um ponto crucial do projeto é dar luz aos talentos da comunidade que é convidada a participar, compartilhando suas habilidades e a se mobilizar na campanha de coleta seletiva para captação de materiais a serem utilizados no projeto.
As oficinas abordam atividades de oralidade e produção de texto, elaboração de projetos e técnicas manuais mescladas com a tecnologia, seja na customização de roupas e artefatos ou na confecção de simples circuitos elétricos ou eletrônicos em brinquedos e elementos produzidos pelos alunos, ou de forma mais complexa, com a aprendizagem da linguagem de programação do Scratch ou do Arduíno para dar movimentos aos elementos criados pelos alunos e jovens.
O projeto nasce nas escolas da periferia, conclamando a cidade a ser solidária com as nossas escolas públicas, seus professores e alunos. A equipe do Mundo Meu Micromundos é multidisciplinar e hoje integra professores, pesquisadores, artistas, aposentados, profissionais de várias áreas e jovens universitários que querem partilhar voluntariamente seus conhecimentos nas áreas do Teatro, Comunicação, Informática e Programação, Meio Ambiente, Design, Arquitetura, Engenharia e Novas Tecnologias Digitais.
Os integrantes do projeto Mundo Meu Micromundos têm o desafio de vivenciar as experiências dos professores nas escolas públicas, adaptar suas habilidades profissionais à realidade do contexto social e à necessidade escolar e, buscar soluções inovadoras e criativas que possam ser implementadas nas escolas e compartilhadas com professores e seus alunos.
As oficinas ocorrem nas escolas públicas da periferia da cidade. Tem início no momento pedagógico da escola onde o projeto é apresentado para todos os professores. Espera-se o desejo do professor e sua adesão ao planejamento das ações do projeto, para que o mesmo ocorra de forma interdisciplinar na escola.
REFERÊNCIA TEÓRICA:
Ao dar luz à comunidade local, o projeto está referenciado na Inteligência Coletiva, termo cunhado pelo sociólogo Pierre Levy, que preza a colaboração dos indivíduos em sua diversidade de habilidades e competências, resultando em uma mobilização efetiva das competências locais. Os micromundos de Seymour Papert pode ser entendido como os múltiplos universos do aprender. São ambientes integrados de aprendizagem, onde a tecnologia tem fator preponderante no processo de ensino e aprendizagem
AVALIAÇÂO :
O projeto atua no Ensino Fundamental II, estudantes entre 11 e 14 anos de idade, que hoje são apontados pelo MEC como um dos fatores de dedicação para transformação social e educacional no Brasil. São nesses anos que ocorrem os maiores índices de evasão escolar. O projeto terá o acompanhamento da unidade escolar por 03 anos para verificar o incremento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nas redes de ensino, sendo esse, uns dos pontos de avaliação do projeto, além de mensurar o índice de evasão escolar nas escolas participantes do projeto.
Buscamos parcerias com outros estados para formação e intercâmbio dos nossos jovens. Na troca de aprendizados multiplicamos com criatividade a aprendizagem.
Quer saber mais? Entre em contato conosco
Liliane de paula Mendonça - Coordenadora do projeto
lilianemendoncabrasil@gmail.com